A maioria dos beneficiados pelo Juro Zero é formada por mulheres
Qui, 20 de Setembro de 2012 21:23
De acordo com os dados de agosto do Juro Zero, 51,55% dos Microempreendedores Individuais (MEIs) que aderiram ao programa são mulheres, ou seja, 3.146. Em dez meses, foram efetuadas 6.103 operações, o que corresponde a quase R$ 17 milhões em empréstimos. "Estes números reforçam a nossa convicção acerca do espírito empreendedor do catarinense e, mais ainda, indicam como a mulher catarinense é, cada vez mais, uma legítima e forte representante deste empreendedorismo", diz o secretário do Desenvolvimento Econômico Sustentável, Paulo Bornhausen.

Criado pela SDS, com a parceria da Agência de Fomento do Estado de Santa Catarina (Badesc); do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina (Sebrae/SC); e da Associação das Organizações de Microcrédito de Santa Catarina (Amcred/SC), o Juro Zero busca incentivar o crescimento do empreendedorismo catarinense por meio de empréstimos de até R$ 3 mil.

O aumento do público feminino no empreendedorismo foi analisado no último relatório da Diretoria de Apoio às Micro e Pequenas Empresas da SDS, realizado a partir de dados da Receita Federal. Comparando com 2011, o crescimento foi de um ponto percentual, ou seja, hoje as mulheres são 46% dos MEIs. "O aumento da participação feminina na vida econômica vem aumentando nos últimos 10 anos. Empreendedoras por natureza, as mulheres lutam por mais renda, sabem como superar os desafios e enfrentam as dificuldades com muita luta e perseverança", analisa o superintendente do Sebrae em Santa Catarina, Guilherme Zigelli.

O presidente do Badesc, Nelson Santiago, explica que as mulheres já são as maiores tomadoras de recursos no microcrédito tradicional, em Santa Catarina. "E esta tendência se reforça agora no Juro Zero. É uma mostra de que as mulheres estão empreendendo mais, planejam as finanças de suas empresas e estão atentas às boas ofertas de crédito. São também, segundo dados das instituições financeiras, ótimas pagadoras, com uma média de inadimplência abaixo da clientela masculina", afirma.

A mulher é maioria em cinco das dez maiores atividades dos MEIs, contribuindo com 75% do setor no comércio varejista de artigos de vestuário e acessórios e 77% dos MEIs registrados como cabeleireiros. São estes dois setores que lideram os empréstimos do Juro Zero, seguidos de obras de alvenaria.

O crescimento do programa em relação a julho foi de 9,2%. Quase 700 MEis obtiveram a primeira concessão de crédito e 326 realizaram a segunda operação. Com o Juro Zero, o microempreendedor com receita até R$ 60 mil anual pode pegar um empréstimo e parcelar o valor solicitado em oito vezes. Caso os sete primeiros pagamentos sejam feitos em dia, a última parcela será isenta, o que equivale aos juros da operação. A concessão é realizada após análise de uma das 19 Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscips).

"O Juro Zero é um programa que deve se tornar modelo para todo o país", aposta Paulo Bornhausen. "Isso pelo ineditismo da operação financeira mas, especialmente por ser um programa de mérito: o benefício só é concedido no final da operação", enfatiza o titular da SDS.

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