Somos o 3º país que mais cria negócios no mundo
Qua, 04 de Abril de 2012 21:04
O Brasil está empreendendo mais e melhor. O País é o terceiro mais empreendedor no mundo, segundo Banco Mundial. Por ano, são criados, aproximadamente, 316 mil novos negócios

O Brasil está empreendendo mais e melhor. O País é o terceiro mais empreendedor no mundo, segundo Banco Mundial. Por ano, são criados, aproximadamente, 316 mil novos negócios

 

Pesquisas e estatísticas revelam o nítido crescimento do empreendedorismo no Brasil na última década. Dados do Banco Mundial mostram que o Brasil cria 316 mil novos negócios por ano, ficando em terceiro lugar como país mais empreendedor do mundo.

Entre 2001 e 2009, o número de donos de micro e pequenas empresas (MPEs) e de trabalhadores autônomos passou de 20,2 milhões para 22,9 milhões. Os dados são do Anuário do Trabalho na Micro e Pequena Empresa 2010/2011, realizado pelo Sebrae, em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Em termos gerais, segundo o superintendente do Sebrae no Ceará, Carlos Cruz, o Ceará acompanha o mesmo ritmo do Brasil. Destaca, porém, que se for avaliado o quesito formalização de empreendedores individuais (EI), o Ceará está bem na frente de vários estados e até mesmo da média nacional.

“O registro de EI no Ceará está em ritmo acelerado”, avalia. Acrescenta que, além do crescimento de cerca de 22%, o número de registros entre os cearenses é maior que todos outros estados do Brasil e quatro pontos percentuais acima da média brasileira em 2011.

Nos primeiros 82 dias de 2012, 12.311 pessoas se formalizaram no Estado. “São 150 registros por dia e 6,2 por hora, em média”, destaca Cruz. Isso significa que a cada dez minutos um cearense entra para a formalidade e passa a exercer atividades legalmente.

 

Incentivo

Um dos grandes avanços para o crescimento das micro e pequenas empresas e a formalização do empreendedor individual foi a instituição do regime especial de tributação, denominado Simples Nacional. O sistema reduziu os impostos, desonerou a folha de pagamentos e criou uma série de incentivos ao desenvolvimento dos pequenos negócios no País. Além disso, os empreendimentos do Simples Nacional passaram a ter prioridade nas compras governamentais e no acesso ao crédito para inovação e aperfeiçoamento de suas atividades.

 

Classe média

A estabilização da economia favoreceu um novo ambiente de negócios e a nova classe média. De 2006 para cá, foram quase 40 milhões de pessoas que ascenderam na pirâmide social, entrando na chamada nova classe média brasileira. Este público, na sua ampla maioria, está vinculado às micro e pequenas empresas. Seja consumindo produtos e servidos das MPEs, seja empreendendo.

“A classe C empreende mais em função do ambiente econômico, que fortalece o empreendedorismo. Exemplo disso é o empreendedor individual, com faturamento anual de até R$ 60 mil, que tem condições especiais para abertura desse negócio”, comenta Cruz.

Ele explica que são condições que simplificaram a arrecadação de tributos e a redução da burocracia. “Outrora, havia uma pirâmide social que tinha uma base social grande. Hoje, o que existe é um losango social, o que leva muitas pessoas a se situarem em um patamar de consumo mais elevado”.

Segundo a presidente da Federação das Micro e Pequenas Empresas do Ceará (Femicro-CE), Dalvani Mota, cerca de 30% dos empreendedores individual migram para a microempresa depois do primeiro ano. (Artumira Dutra)

 

Saiba mais

Novas categorias no Simples Nacional

O senador José Pimentel (PT) informa que como vice-presidente da Frente Parlamentar das Micro e Pequenas Empresas no Congresso Nacional está trabalhando no Projeto de Lei (nº 467/08), de autoria da senadora Ideli Salvatti (PT), hoje ministra da Secretaria de Relações Institucionais. A proposta inclui novas categorias no Simples Nacional e pretende resolver outras pendências, como a questão da substituição tributária, que vem prejudicando as empresas do Simples. "Não são questões fáceis, dependem de muito entendimento com o Ministério da Fazenda e os governos estaduais".

 

Números

316 mil novos negócios são criados por ano no País , segundo dados do Banco Mundial

22% é o crescimento do número de registros de empreendedores individuais no Ceará

30% dos empreendedores individuais migram para a microempresa, diz Femicro

 

Panorama do empreendedorismo brasileiro

 

Jornal de Hoje - 24/03/2012

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